segunda-feira, 25 de julho de 2011

Lobão terá de explicar corrupção em órgão comandado pelo PCdoB


Brasília – Dando sequência à estratégia de desgastar o governo Dilma Rousseff a partir de seus ministros, a oposição pretende convocar nesta segunda-feira o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, senador licenciado pelo PMDB, para que ele explique as denúncias de um esquema de pagamento de propina dentro da Agência Nacional de Petróleo (ANP) noticiadas por reportagem da revista Época (reveja). Também será convocado o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, dirigente do PCdoB.
O líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), protocola os requerimentos de convocação nesta segunda e cobra o afastamento imediato dos assessores da agência envolvidos nas denúncias. “Esta é a forma mais isenta para buscar uma investigação séria de mais este episódio do governo do PT. A denúncia é gravíssima, já que há imagens de pessoas da ANP envolvidas e, em seu nome falando, como se ali fosse um grande balcão de negócios para enriquecimento de alguns”, disse o deputado, que vai solicitar os depoimentos do ministro e do diretor-geral em dois requerimentos.
Reportagem publicada pela Revista Época nesta semana mostrou um vídeo em que dois funcionários da ANP cobram propina de R$ 40 mil para livrar empresas do ramo de combustíveis de problemas como adulteração de gasolina e liberação de autorização. Como a agência é ligada ao Ministro de Minas e Energia, o PSS resolveu mirar no ministro Edison Lobão, como a oposição vem fazendo nos últimos meses.
Com minoria no Congresso Nacional, restou a PSDB, DEM, PPS e PSOL apelar para convocações de ministros envolvidos em denúncias de irregularidades, na esperança de conseguir fazer alguma oposição ao governo. A tática contribuiu para desgastar o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci, que deixou o governo depois de não conseguir explicar expressivo enriquecimento nos últimos quatro anos.
O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, chegou a prestar depoimento no Senado, quando a revista Veja resgatou o caso do dossiê dos aloprados, e conseguiu conter o que poderia se transformar em mais um longo período de sangramento para o Planalto. O senador Alfredo Nascimento estava na fila para depor, mas deixou o cargo antes de se explicar aos parlamentares. O diretor-geral do DNIT, Luiz Antônio Pagot, foi outro que depôs e deve deixar o cargo ao fim das férias de 30 dias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Os comentários são de responsabilidades de seus autores.