A reunião aconteceu
depois de visita ao presídio, na qual foram constatados diversos problemas,
denúncias de tortura e maus tratos praticados por agentes penitenciários.
Juíza Lewman e promotor Alenilton em audiência com PMs |
Entre as
irregularidades verificadas estão os excessos de prazos, ou seja, penas
cumpridas e casos de detentos que deveriam receber algum tipo de benefício,
como a progressão de regime, o que não ocorreu. Outro fato relatado pela
magistrada é a superlotação. “De certa forma, uma coisa leva a outra. Presos
que deveriam estar em outro regime continuam na cadeia, enquanto outros vão
chegando”, explicou.
Lewman Moura
comprometeu-se a empreender mudanças na Vara de Execuções Penais, entre as
quais fazer reuniões mensais e garantir ao preso o direito de trabalhar durante
o dia e dormir em casa, com recolhimento às 18h. A magistrada pretende promover
palestras sobre a importância do trabalho e da educação, tirar do presídio os
presos em situação irregular e dar opção de trabalho dentro da cadeia,
estimulando a atividade laboral.
NOVO PRESÍDIO
Em contato com a
Secretaria de Administração penitenciária do estado, a Vara de Execução
conseguiu compromisso do titular da pasta em construir de novo prédio,
destinado a presos provisórios. O acordo será formatado na primeira semana de
setembro.
“O terreno para a construção está sendo negociado com a prefeitura. Uma das medidas tomadas pela vara é que os presos provisórios sejam colocados separadamente dos presos definitivos”, observa a juíza.
Lewman Moura informa
que haverá audiência pública com segmentos da sociedade, ainda sem data
definida, com o objetivo de criar a APAC em Timon. Com referência à
ressocialização de apenados, adiantou que 16 presos irão trabalhar na Prefeitura
de Timon, no setor de limpeza. Cada um receberá um salário mínimo.
(Ascom/CGJ)
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