Evandro Éboli, O Globo
Uma já anunciada
aliança num eventual segundo turno entre seus opositores ameaça, a
exemplo de 2006, a hegemonia, o destino e o poder da família Sarney no
Maranhão.
Próxima de vencer a eleição, com 47% das intenções de
voto, Roseana Sarney (PMDB) corre o risco de ver seu favoritismo ir
embora se precisar de outro embate, num segundo round. Será outra
eleição.
A campanha neste primeiro turno delimitou os espaços: de um lado, os Sarney e seus aliados; do outro, os demais concorrentes.
Dois
candidatos da oposição - o deputado federal Flávio Dino (PCdoB) e o
ex-governador Jackson Lago (PDT) - batiam na mesma tecla, que o
"Maranhão não tem dono", e pregavam o "fim da oligarquia que domina o
estado há 50 anos".
Dino e Lago já combinaram. Se houver segundo
turno, estarão juntos. Uma união informal vai se dar na fiscalização da
votação. As duas coligações terão fiscais em comum, com o objetivo de
unir forças e denunciar possíveis abusos dos cabos eleitorais de
Roseana.
- É uma estratégia para o interior, onde os riscos de fraude são maiores - disse Lago.
Roseana
passou o tempo todo colada no apoio e imagem do presidente Lula e na
candidata Dilma Rousseff. "O PT de Lula e Dilma está com Roseana", dizia
o programa.
Mas nem todo o PT está com Roseana. Boa parte da militância petista aderiu a Dino.
Nas
carreatas e caminhadas do comunista estavam presentes bandeiras do PT. O
lado do partido que está com Dino diz que 80% dos 25 mil filiados no
Maranhão aderiram ao deputado, e ignora a decisão da direção nacional de
apoiar Roseana.
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