Os bastidores já estão fervendo na Assembleia Legislativa. Vários
aliados da governadora Roseana Sarney (PMDB) já colocam seus nomes para a
disputa pela presidência da Casa. A eleição acontece em fevereiro. São
eles Max Barros e Tatá Milhomem (DEM), Manoel Ribeiro (PTB), Arnadlo
Melo (PTB) e em segundo plano César Pires e Raimundo Cutrim (DEM). Com
bancada reduzida, a oposição não tem chance.
O nome mais forte de todos desconversou ontem. O deputado Ricardo Murad (PMDB)
disse que é muito cedo para discutir o assunto. Ricardo está em dúvida
se entra na disputa ou pleiteia a volta à Secretaria de Saúde. Ele pensa
em voltar à pasta para terminar o projeto de construção dos 72
hospitais. No entanto, também é incentivado por deputados e amigos a
entrar na briga pelo comando da Casa. Ele foi presidente da Assembleia
nos anos 80. É apontado por vários funcionários como o melhor presidente
que já passou por lá. Já tem o voto declarado de vários deputados, como
é o caso de César Pires. Mesmo que não dispute a eleição, a disputa
passa por um nome que ele indicar ou avalizar.
Max Barros
é o que poderia se chamar de “candidato dos balaios”. Tem o apoio ainda
disfarçado do atual presidente Marcelo Tavares (PSB), sobrinho do
ex-governador José Reinaldo (PSB). A “balaiada” que montou acampamento
na Assembleia toda torce por ele. Bom técnico, Max é visto entre os
próprios colegas de governo como político inábil e desagregador. O
deputado Hélio Soares (PP), que também sonha com o cargo, disse ao blog
que Max tem um compromisso com ele em relação à disputa.
Depois de Ricardo o nome mais forte é do ex-presidente Tatá Milhomem.
No entanto, ele precisa primeiro confirmar sua eleição. É que se alguns
votos de candidatos com registros cassados forem validados, ele perde a
vaga e fica na primeira suplência. É o caso, por exemplo, de Raimundo
Louro (PR), que teve 20 mil votos ainda não computados. Pesa contra o
Milhomem o fato de ser muito próximo de parte da “balaiada” que se
instalou na Casa.
Manoel Ribeiro
(PTB). Afirma contar com o apoio do senador José Sarney. No entanto,
experiente como é, dificilmente Sarney vai querer se envolver
diretamente numa disputa entre aliados pela presidência da Assembleia. O
maior problema dele é entre os colegas. Como já foi presidente por
quase 10 anos, os deputados temem que ele queira iniciar um novo reinado
no Poder Legislativo.
César Pires
só é candidato se Ricardo não for e se, principalmente, Max tentar ser.
Ele já declarou voto em Ricardo, caso ele queira mesmo disputar o
cargo. Precisaria sobretudo do apoio da governadora Roseana Sarney
(PMDB) para se viabilizar.
Segundo deputado mais votado do Estado, Raimundo Cutrim também
sonha em voltar à Secretaria de Segurança ou comandar a Assembleia.
Pesa contra ele o fato de ser mais técnico que político. É uma espécie
de Max Barros com um revólver na cintura. Também é tido como brigão e
desagregador. O exemplo é a eleição de prefeito em 2006. Ao ver Flávio
Dino conversando com a então senadora Roseana em sua residência, no
Calhau, ameaçou romper com o grupo.
Arnaldo Melo
quer ser o “azarão”. Foi candidato em 2008 e perdeu para João
Evangelista (já falecido). Pesa contra ele o fato de ter cedido aos
apelos de José Reinaldo em 2006 e ter sido um dos membros destacados da
“Balaiada”. Disse ontem ser “difícil” algum nome se viabilizar na
disputa sem o aval de Ricardo.
O que também existe por trás desse início de disputa é muita gente se
lançando candidato à presidência da Assembleia para, numa eventual
desistência ou acordo interno, barganhar uma secretaria ou espaço no
governo.
(Com informações Décio Sá)
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