O secretário de Segurança Pública, Aluízio Mendes, prestou hoje
esclarecimentos à comissão de Segurança Pública da Assembléia
Legislativa sobre a rebelião que resultou na morte de 18 detentos.
Mais uma vez o secretário veio defender que foi um movimento atípico e
insinua que não existia nenhuma pauta de reivindicação dos amotinados.
Insinuou também que o movimento foi coordenado de fora para dentro,
mas sem citar os mentores intelectuais, dando a entender que houve, na
verdade, uma armação.
Alguns jornalistas mais ligados ao Palácio dos Leões estão colocando
que o episódio estaria cheirando a armação para desgastar a gestão do
secretário Aluízio Mendes. Não é verdade. Uma invencionice. Alguns mais
afoitos miram discretamente no ex-secretário e deputado estadual
reeleito, Raimundo Cutrim.
Dirigente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, de nome Marcos,
falou ontem à Rádio Educadora que os dirigentes do Complexo Presidiário
de Pedrinhas, principalmente no Presídio São Luís, no anexo 3, onde
foram assassinados 15 detentos, foram alertados para o episódio.
Disse Marcos que eles sabiam que a qualquer momento uma bomba iria
explodir no local, com manifestações fatais. Foi de fato o que
aconteceu.
O sindicalista avisou também que havia reclamações da falta de água e da péssima alimentação servida aos presos.
Além disso, o sindicalista alertou para o ajuntamento no mesmo espaço
de facções divergentes. A mistura de facções só piorou a situação.
Portanto, a versão de Marcos desfaz a argumentação do secretário Aluízio
Mendes.
Indaguei a ele, ao final da audiência na Assembléia Legislativa,
sobre o alerta do sindicalista. O secretário afirmou que só tomou
conhecimento agora, através de minha pergunta.
Fonte: Luis Cardoso
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