sábado, 30 de abril de 2011

A verdadeira história de Magalhães


A reportagem da ISTOÉ, reproduzida em post abaixo, jogou apenas um facho de luz sobre um personagem dos bastidores da política maranhense até pouco tempo desconhecido.
O comerciante João Bastista Magalhães é mineiro, mas foi criado em Goiás. Chegou ao Maranhão nos anos 1990 para vender títulos do Araçagy Praia Clube. Foi se encostando em políticos até virar lobista.
O seu auge se deu no governo José Reinaldo Tavares (2002-2006), onde conheceu prefeitos e deputados, como Camilo Figueiredo (PDT), de Codó. De origem humilde, ficou rico com as famosas emendas parlamentares “operando” com as prefeituras e os parlamentares que liberam os recursos.
João Batista Magalhães tem um grupo grande amigos na política maranhense
Como o PT é quem estava no controle do Poder Central, se aproximou dos petistas locais. Sempre anda com uma estrela, símbolo do partido, na lapela apesar de não ser filiado à legenda. É uma figura doce, daquelas capaz de limpar o rosto do interlocutor com um lenço.
Para aumentar seu círculo de amizades no PT do Maranhão, costuma pagar as contas dos “companheiros” como prestação de carro, mensalidade de universidade e até resgatar vultuosos cheques sem fundos.
Conseguiu ser apresentado a alguns ministros como Alexadre Padilha (Saúde), através do ex-radical Márcio Jardim. Jardim é amigo da época de UNE de Padilha e andou sendo cotado para um cargo no ministério, sem sucesso. Está há duas semanas em Brasília à espera de uma vaga no gabinete do também amigo de UNE, senador Lindenberg Farias (PT-RJ).
Logo após a deflagração da Operação Astiages, Jardim foi um dos únicos a sair em defesa do comerciante durante encontro do Diretório Estadual. “Não só conheço o Magalhães, como digo mais: ele é meu amigo”, declarou na ocasião. O lobista já foi muito próximo do hoje deputado Rogério Cafeteira (PMN).
No Carnaval deste ano, a Polícia Civil do Maranhão apreendeu a Chreokee preta, placas JVY-0073, do Pará, que Magalhães andava. O carro era roubado e pertencia a um coronel paraense. Magalhães teria comprado a Cherokee, avaliada em R$ 120 mil, por apenas R$ 40 mil de um conhecido agiota local. A polícia maranhense cumpriu decisão do juiz da 2ª Vara da Comarca de Xinguara (PA), Luiz Viola Cardoso.
O lobista se envolveu com o filho do prefeito Manoel Mariano de Sousa (Barra do Corda), Pedro Teles, preso pela PF em fevereiro. Segundo a ISTOÉ, Magalhães teria movimentado em suas contas quase R$ 10 milhões entre 2007 e 2010, a maioria oriunda da Prefeitura de Barra do Corda. “A desgraça na nossa família começou quando meu irmão se envolveu com esse Magalhães”, tem dito o deputado Rigo Teles (PV), desafeto de Pedro.
Petistas locais negam que Magalhães tenha se refugiado no Diretório do PT em Brasília para não ser preso pela PF. Avisado da Operação Astiages, ele, na verdade, teria deixado o Hotel Kubistchek Plaza e seguido para Minas Gerais, onde ficou escondido.
Apanhado em irregularidades na Operação Donatário, que desbaratou uma quadrilha no Incra, Magalhães tinha até sala e acesso a senhas dos computadores do órgão. O ex-superintendente Benedito Terceiro, indiciado no caso, diz ter “expulsado” o lobista do prédio assim que assumiu o instituto em 2009. Graças aos préstimos de Magalhães no Incra, o prefeito de Pinheiro, José Arlindo (DEM), conseguiu a liberação de R$ 2 milhões para a cidade.
Ultimamente Magalhães tem “operado” muito pras bandas da cidade de Dom Pedro. O “canal” dele no município é ninguém menos que Eduardo Costa, que se autointitula de “Imperador”, filho da prefeita Arlene Costa (PDT). A convite do “Imperador”, petistas próximos ao ministro Padilha estiveram ano passado no Carnaval fora de época da cidade. Segundo a ISTOÉ, o Ministério da Saúde era o próximo alvo de Magalhães.
Vem mais confusão por aí!

Com informações Décio Sá

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