O esfacelamento do Bloco Parlamentar do Maranhão

Algo estranho acontece com o Bloco Parlamentar pelo Maranhão (BPM). O Bloco que hoje só é maioria, após “pressionar” alguns deputados a trocarem de Bloco antes da inscrição oficial na Mesa Diretora, vai “perdendo” parlamentares e expondo suas vísceras.

Digo isso, porque em menos de uma semana dois importantes e experientes parlamentares – César Pires e Raimundo Cutrim – deixaram claro a vontade de deixar o Bloco.

O primeiro a declinar o desejo de deixar o BPM foi César Pires. O parlamentar no episódio do convite para os secretários Tadeu Palácio e Luís Bulcão, não gostou da postura do líder do BPM, Stênio Rezende e decretou:

“Para ser governo não preciso integrar um Bloco desse jeito, onde o líder do governo vai para um lado e o líder do Bloco para outro. Agora, eu sou o meu próprio líder”, afirmou.

Nesta segunda-feira (11), foi a vez de Raimundo Cutrim demonstrar o claro desejo de deixar o Bloco após a tentativa frustrada de apurar a denúncia de agiotagem nas emendas parlamentares.

“A partir de hoje eu estou fora de qualquer deliberação de liderança. Durante a semana verei as formas de deixar oficialmente o Bloco, mas não seguirei mais nenhuma orientação da liderança desse Bloco”, destacou.

As duas críticas tiveram um único endereço, a liderança do Bloco, Stênio Rezende. Vale ressaltar que tanto Pires quanto Cutrim deixaram claro que irão permanecer na base governista e ao lado da governadora Roseana Sarney, diga-se de passagem, como sempre estiveram tanto nas vacas gordas quanto na época de vacas magras.

O Regimento Interno pode até não permitir uma saída nesse momento dos dois deputados, mas fica claro que ambos não aceitarão mais as orientações de Stênio Rezende, não o reconhecem mais como líder, se é que um dia isso aconteceu, afinal eles jamais aceitaram o comando de alguém que no momento difícil, optou em trocar de lado.

Fonte: Jorge Aragão