quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Eleição do PT Maranhão continua indefinida Após mais uma rodada de discussões, a comissão e candidatos decidiram pelo adiamento do pleito.

O nome de quem presidirá o PT Maranhão deve ser conhecido hoje, até as 20h. Como era de se esperar, a apuração dos votos foi suspensa sob a alegação de fraude no processo. Ontem, as atas que chegavam do interior do Estado foram recebidas, mas os votos não puderam ser contados. Após mais uma rodada de discussões, a comissão e candidatos decidiram pelo adiamento do pleito. Segundo Wilmar Lacerda, membro do Diretório Nacional do PT, que está no Maranhão conduzindo a apuração, a decisão não passa de hoje.

Suspensa a apuração, o clima de intrigas, que vem permeando as eleições do partido, permanece. Ontem, a sede do PT, na Rua do Ribeirão, estava tomada pelos militantes dos dois candidatos: Augusto Lobato e Raimundo Monteiro. A discussão era a suspeita de fraude no que refere à contagem de votos em municípios do interior do Estado. Para a chapa de Lobato, o seu concorrente se favoreceu do que classificaram de intervenções externas.

Segundo os militantes de Lobato, a fraude estaria na alteração das normas de votação sem o devido comunicado à coordenação da Comissão Eleitoral, na coação de prefeitos com fins de garantir votos para Monteiro e na falsificação de assinaturas. À reportagem de O Imparcial, militantes da chapa de Lobato apresentaram as provas da fraude. “Podemos comprovar que uma pessoa que não votou está com assinatura na lista da eleição. Esse é só um dos indícios que há fraude”, argumentou o candidato.

Indignado, Lobato afirmou categoricamente que “não aceitaremos nos vender” e chamou de “mentirosa e falsa a apuração paralela” divulgada pela chapa de seu concorrente. Lobato disse que entrará com recursos para impedir o que chamou de “eleição fraudulenta”.

Por outro lado, Raimundo Monteiro sustentou não haver fraude alguma e “se houver, que seja apurada”. Ele também deve entrar com recurso contra os votos apurados no município de Imperatriz, que em sua ótica “não condizem com as estatísticas”.

Enquanto as duas chapas discutiam quem estava errado, a apuração, já suspensa, dava sinais de adiamento. Para Wilmar Lacerda, as discussões fazem parte do pleito e acredita “não haver processo mais democrático que o ocorrido no PT”. Ocorre que, a intermediação do membro do Diretório Nacional do partido não é reconhecida pelos militantes da chapa de Lobato. “Ele [Wilmar Lacerda] veio de encomenda. Não aceitamos essa intervenção no processo eleitoral”, alegou Lobato.


SANDRA VIANA /O imparcial

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