Os bancários podem deliberar uma greve por tempo indeterminado após o
dia 23 deste mês. Esse será o prazo máximo dado aos banqueiros para
apresentarem uma proposta que atenda as reivindicações da categoria. Os
bancários lutam por 5% de aumento real de salário, piso para categoria
no valor de R$ 2.157, melhor vale-tiquete, melhor Participação nos
Lucros e Resultados (PLR) e discutir a questão do assédio moral dentro
dos bancos, metas abusivas, segurança, saúde e emprego.
Até hoje
já foram realizadas três rodadas de negociações entre bancários e
banqueiros, mas não houve nada de avanços significativos. A afirmação é
do presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí, José Ulisses de
Oliveira, acrescentando que dias 15 e 16 acontecerá, em São Paulo, a
principal delas, cujo tema será “remuneração”, e será um momento
decisivo para os bancários, pois os donos de banco vão ter que
apresentar uma proposta que será avaliada por todos.
Ele lembra,
inclusive, que nesta terça-feira (14/09) haverá uma assembleia local no
auditório do SEEBF/PI, a partir das 18h, com todos os bancários para
avaliar a Campanha Nacional 2010, bem como definir um calendário de
atividades e organização da categoria, caso haja um confronto com os
banqueiros.
“Esperamos que os banqueiros tenham um bom senso e
nos apresente algo de positivo, mas se isso não acontecer como vem
ocorrendo todo ano, vamos ter que confrontar. Portanto, os bancários
podem estar em greve depois do dia 23 a qualquer momento”, alerta José
Ulisses. Defendendo paciência e mantar a calma neste momento, José
Ulisses disse que a classe está muito ansiosa, mas também disposta e
cobrando uma paralisação. “E isso vai acontecer, mas é preciso ter o
momento exato para que a gente não entre em uma campanha com calendário
contra gente, mas sim positivo e a favor”, enfatiza.
Tanto que a
orientação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro
(Contraf/CUT), entidade maior da categoria, orienta aos sindicatos de
todos os Estados que contenham a ansiedade até esgotarem-se as
negociações com o representante patronal. “Não podemos começar uma greve
no meio de um processo que está em uma mesa de negociação. Isso seria
incoerência e, de certa forma, prejuízo para todos nós da classe
bancária”, pondera Ulisses, mencionando ainda que a orientação é
aguardar a proposta dos banqueiros que pode sair em uma rodada a ser
marcada no dia 16, pois devem pedir o fim de semana para avaliar e
apresentar nova proposta na próxima semana.
Visita
Nos
últimos dias, os diretores do Sindicato vêm fazendo reuniões internas
nas agências da capital e interior para repassar à classe os últimos
informes sobre as mesas de negociações. Demostrando ansiedade mas, ao
mesmo tempo mantendo a organização, o presidente do SEEBF/PI explica que
todos estão mobilizados, princialmente dentro do Banco do Brasil, Caixa
Econômica Federal, sendo existe um pouco de dificuldade nos bancos
privados onde a mobilização é menor, “até porque a ameaça nestes bancos é
maior”, pondera José Ulisses, já que não nos privados há autonomia que
tem um banco estatal, onde o empregado tem uma estabilidade.
Timon
Como
as agências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, em Timon,
são vinculadas às Superintendências do BB e CEF do Piauí,
respectivamente, os bancários dessas duas agências também terão que
aderir ao movimento grevista da categoria. Nesta quarta-feira (15), a
agência do BB de Timon completa exatamente 26 anos de sua instalação
desde 1984. Parabéns, à todos os funcionários daquela agência bancária.
Fonte: Blog do Ademar Sousa
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