Reviravalta no cenário político eleitoral do Maranhão. É assim que se pode analisar os resultados das últimas pesquisas
divulgadas sobre a campanha eleitoral no estado. Observa-se
primeiramente que a candidata governista, da coligação O Maranhão não
pode parar, Roseana Sarney, está em queda livre, enquanto seus
adversários crescem, como é o caso do deputado federal Flávio Dino, do
PC do B, da Coligação Muda Maranhão. O ex-governador jackson Lago se
mantém numa situação de equilibrio, mas com leves oscilações para baixo.
A editoria política do Tribuna do Maranhão transcreve a análise dos jornalistas políticos e blogueiros,
Roberto Kenard e Ed Wilson, que fazem uma análise mais abalisada sobre a
última pesquisa divulgada pelo Ibop Nacional, onde aponta que a eleição
no Maranhão será decidida em segundo turno, que deverá ter o candidato
Flávio Dino contra a governador Roseana Sarney.
Veja o que diz o jornalista e blogueiro Roberto Kenard, ao analisar a última pesquisa do Ibop:
Ibope: cenário se modifica completamente
Os números do Ibope divulgados ontem, pelo que observo, foram levados a sério pelos três principais candidatos ao governo do Maranhão. Bem, se é verdade, os três devem estar preparando novas estratégias.
Vamos aos números (secos, já que os detalhes da pesquisa ainda não estão disponíveis).
Em agosto, na primeira pesquisa Ibope:
Roseana Sarney: 47%
Jackson Lago: 25%
Flávio Dino: 13%
Marcos Silva: 1%
Agora:
Roseana Sarney: 46%
Jackson Lago: 21%a
Flávio Dino: 21%
Marcos Silva: 1%
Vinha dizendo que as pesquisas mostravam claramente a possibilidade
de segundo turno. Pois é, mas nenhuma como a do Ibope. Já não se trata
de possibilidade, basta observar os números.
O crescimento de Flávio Dino é natural e já era esperadíssimo.
Estranho, porém, a perda de gordura de Jackson Lago. Não há explicação
razoável (no mínimo, há a necessidade de saber os pormenores da
pesquisa). Tenho ouvido, ao contrário, que a campanha dele se avoluma
nas cidades do interior. E começa a se modificar na Capital.
A coordenação da campanha de Roseana Sarney deve ter perdido o sono.
Tudo o que teme é justo o crescimento de Flávio Dino, agora confirmado
pelo Ibope. Caso Dino, na reta final, ganhe três pontos percentuais e
Jackson e Roseana se mantenham no mesmo patamar, irá para o segundo
turno.
Falei, no começo, em mudança de estratégia.
O que devem fazer, agora que se encontram empatados, Jackson e Flávio Dino?
Não sei. Sei o que não devem fazer: confrontarem-se. Roseana Sarney seria a beneficiada.
Na opinião do jornalista Ed Wilson, o candidato do PCB pela Coligão
Muda Maranhão, Flávio Dino já está no segundo turno. Eis o que ele
escreveu em seu blog:
FLÁVIO DINO MAIS PRÓXIMO DO SEGUNDO TURNO
O previsível crescimento
de Flávio Dino (PC do B) na campanha ao governo do Maranhão já aponta
para o segundo turno contra Roseana Sarney (PMDB).
É o que demonstra a pesquisa Ibope divulgada hoje à noite, na TV
Mirante, dando 46% a Roseana e empate entre Flávio Dino e Jackson Lago
(PDT). Ambos estão com 21%.
Não existe mais "clima" na política maranhense para manipulações
grosseiras que apontassem, a esta altura da eleição, uma vitória de
Roseana no primeiro turno.
E o desempenho de Flávio Dino pode ser ainda melhor do que aponta o
Ibope. A conferir. Dino melhorou também o discurso no horário eleitoral.
Iniciou uma fala mais crítica e frontal em relação ao grupo Sarney.
Vai puxar para ele, Dino, a polarização antes capitaneada por Jackson
Lago. O ex-governador começa a cair. De 25% no levantamento anterior do
Ibope perdeu quatro pontos e foi a 21%. Só não pode é cair muito, para
não prejudicar a soma que levará ao segundo turno.
Especula-se nos bastidores que Jackson já tem um plano "b" de lançar a
esposa Clay Lago, caso a candidatura dele tenha o registro cassado no
Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Em que pese o poder econômico, a candidatura de Roseana começa a dar
sinais de enfraquecimento junto à população. Piorou hoje à noite, no
programa eleitoral, quando pôs o depoimento do candidato a
vice-governador Washington Oliveira (PT).
Não vai acrescentar um voto na coligação. E ainda corre o risco é de perder eleitores.
(Fonte: Tribuna do Maranhão)
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