SÃO LUIS - A governadora do Estado do Maranhão e candidata a
reeleição, Roseana Sarney (PMDB), já é alvo de sete representações no
Ministério Publico Eleitoral (MPE) por indícios de abusos de poder
político, econômico e captação ilícita de sufrágio.
Destas sete representações, seis foram impetradas pela coligação
"Muda Maranhão", do candidato ao governo do Estado Flávio Dino (PCdoB) e
a outra pelo PSDB, integrante da coligação "O Povo é Maior", do
ex-governador Jackson Lago. Duas destas representações (uma do PCdoB e a
do PSDB) já foram acolhidas pela procuradora eleitoral maranhense Ana
Carolina da Hora Hörn e transformadas em procedimento administrativo do
MPE.
Um dos procedimentos administrativos instaurados pelo MPE investiga
uma denúncia feita pelo PSDB, de que a governadora teria utilizado, dia
05 de setembro, o campus da Universidade Estadual do Maranhão (Uema),
como ponto de encontro de uma carreata. O PSDB realizou gravações da
carreata e denunciou o fato no horário político do partido. Conforme o
PSDB, a conduta infringe o artigo 37 da lei 9.504/1997. O governo do
Estado negou a utilização irregular do espaço da Universidade.
O outro procedimento do MPE já instituído diz respeito a possíveis
irregularidades no uso da propaganda institucional adotada pelo governo
Roseana Sarney desde abril. Os comunistas alegam que a propaganda
institucional foi utilizada para atingir adversários, não para promover
ações do governo. O governo do Estado também negou desvirtuamento de
propaganda institucional.
A coligação de Flávio Dino também denunciou a governadora por ter
implementado, em ano eleitoral, um programa de doações de casas à
pessoas carentes, sem projeto de execução orçamentário aprovado pela
Assembleia Legislativa do Estado. Na representação da coligação
comunista, a governadora implementou o programa, chamado "Viva Casa",
apenas por meio de decreto. O programa recebeu recursos, conforme a
coligação de Dino, da ordem de R$ 62,8 milhões. Esse crime, até ontem,
ainda não havia se transformado em procedimento administrativo do MPE.
Os advogados de Dino alegam que esse projeto de distribuição de casas
é um crime eleitoral similar ao cometido pelo ex-governador da Paraíba,
Cássio Cunha Lima (PSDB). Lima foi acusado de ter distribuído R$ 3,5
milhões em cheques para eleitores dentro de um projeto assistencial em
ano eleitoral.
Fonte: Wilson Lima, de O Estado de S.Paulo
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