segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Irmão William poderá ser descartado da disputa pela prefeitura de Timon


Pelo tom da entrevista concedida pelo deputado federal Professor Sétimo (PMDB-MA), ao Portal de Notícias Política Real, de Brasília, na última sexta-feira (07), deixou claro que ao final da disputa poderá prevalecer apenas os nomes de Edivar Ribeiro e Thales Waquim, ambos do PMDB. Com isso, Irmão William ao que parece não lograria êxito na sua empreitada.

Apresentação dos três pré-candidato a prefeito de Timon


Em uma das perguntas feitas pelo jornalista Genésio Júnior, o deputado Professor Sétimo deixou escapar essa resposta que dificultará a situação de Irmão William que se filiou recentemente ao PMDB, deixando o PSC.

Leia abaixo a entrevista do deputado federal Professor Sétimo (PMDB-MA) ao Portal Política Real:

ESPECIAL DE FIM DE SEMANA. “A eleição no Maranhão, em 2014, passa por Timon”, afirma Professor Sétimo

Dep. Federal Professor Sétimo
Em entrevista exclusiva à Agência de Notícia Politica Real, o parlamentar fala do crescimento econômico da cidade, e faz uma análise do do PMDB, do governo do Maranhão, das reformas tributárias e políticas, e das eleições 2012 – em seu município e estado.

(Brasília-DF, 07/10/2011) Reportagem na revista “Veja” publicada no mês de outubro do ano passado coloca a cidade Timon, uma das cinco mais populosas e importante do estado do Maranhão, como a 14ª cidade entre as 20 que mais mais cresceram no País.

No mês passado, o jornal “Folha de S.Paulo” revelou um estudo das cidades brasileiras que mais atingiram o chamado boom do desenvolvimento nos últimos dois anos, e Timon (com quase 200 mil habitantes, situada na região dos Cocais e fronteira do Maranhão com Teresina, capital do Piauí) aparece em 2º lugar, atrás apenas de Niterói (RJ).

Os dados foram comemorados pelo deputado federal Professor Sétimo Waquim (PMDB-MA), e revelados com entusiasmo na entrevista que segue, onde pela primeira vez ele falou abertamente sobre a relação do governo do estado com as lideranças municipais, da postura do PMDB para com as lideranças do seu município, das reformas tributária e política que tramitam na Câmara dos Deputados, e das eleições de 2012, e também a de 2014 no Maranhão, que ao seu ver, passa por Timon – onde sua esposa, Socorro Waquim, é prefeita (reeleita) e um dos nomes cotados para vice-governadora.

A entrevista foi concedida no cafezinho na Câmara Municipal e participaram, ainda, os jornalistas Genésio Jr. Francisco de Paula e Humberto Azevedo – todos da Agência de Notícia Política Real.

AGÊNCIA POLITICA REAL - Deputado, o seu grupo político já tem um nome para disputar a sucessão da prefeita Socorro Waquim, em Timon, nas eleições de 2012?

Sétimo Waquim - Estamos conversando. Vamos ver quem tem a melhor preferência na população. Esse será o nosso candidato..

AGÊNCIA POLITICA REAL - Pode ser o vice-prefeito, Edivar Ribeiro, que deixou o PRP e acaba de se filiar ao PMDB (quinta-feira, dia 6)?

A disputa deve ficar entre dois candidatos: o vereador Tales Waquim e o vice-prefeito Edivar. Desses dois, quem tiver melhor será o candidato do nosso grupo.

AGÊNCIA POLITICA REAL - No PMDB, hoje a maior liderança municipal no estado do Maranhão é a sua mulher (prefeita Socorro Waquim)...

...é, na realidade, como prefeita reeleita, foi deputada estadual quando alcançou um índice de aprovação acho que jamais vista em todo o Brasil. E Timon teve um destaque nesses últimos seis anos no Brasil. Cresceu muito, explodiu principalmente na área comercial....

AGÊNCIA POLITICA REAL - ….esvaziou a cidade de Caxias, que fica próxima e é a terceira cidade mais importante do Maranhão?

… é isso mesmo. O nosso comércio cresceu muito. Assim que nós assumimos, Timon tinha 400 empresas cadastradas na Prefeitura, de grande, médio e pequeno porte. Hoje nós temos mais de 8 mil empresas cadastradas, durante sies anos.

AGÊNCIA POLITICA REAL - A que o senhor justificativa esse atrativo? Foi fuga de Caxias, de Teresina (PI), ou leis municipais fiscais?

Eu acredito que foram os investimentos federais feitos nos últimos seis anos na cidade. Isso atraiu os comerciantes. A base da nossa economia continua sendo o comércio, serviços, voltados para região dos Cocais (onde fica o município) e para própria cidade. Timon consome aquilo que ela produz. É um mercado consumidor. Isso fez com que a cidade se tornasse mais independente de Teresina, que fica ao lado. Até 2004, Timon era tida como cidade-dormitório, uma favela, um bairro de Teresina. Essa situação mudou muito nos últimos seis anos. A revista Veja publicou no mês de outubro de 2010, as 20 cidades do Brasil que mais cresceram, e a cidade de Timon apareceu como a 14ª. Mês passado, a Folha de S.Paulo fez um estudo das cidades brasileiras que mais atingiram o chamado “boom” do desenvolvimento, diminuição da pobreza, elevação do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) e outros dados. E o estudo revelou que as duas cidades que mais atingiram esses índices positivos de crescimento nesse dois últimos anos foram, em 1º lugar, Niterói, no Rio de Janeiro, e em 2º lugar, Timon, no Maranhão. Timon teve investimentos federais nos últimos anos na ordem de mais de R$ 200 milhões.

AGÊNCIA POLITICA REAL - O senhor acho que o PMDB, seu partido, reconhece as lideranças de Timon, o prestígio e a dimensão que eles têm, ou são subestimados?

Precisamos mais que as lideranças, tanto do Estado do Maranhão, como de âmbito nacional, reconheçam nosso trabalho. O governo federal reconhece. O presidente Lula teve a oportunidade de ir a Timon, conheceu a prefeita, o nosso trabalho. É tanto, que a primeira cidade a receber recursos do PAC 1 (Programa de Aceleração do Crescimento) no Brasil foi Timon. Os primeiros avanços na aplicação dos recursos, foi a nossa cidade, bem como o primeiro convênio assinado na Caixa Econômica e a primeira cidade em metas alcançadas. Então, o PAC começou pela cidade de Timon.

AGÊNCIA POLITICA REAL - As estratégias do PMDB no Maranhão passam também pelo partido em Timon. Inegavelmente, o senhor tem que ser ouvido. Então, qual é a estratégia de crescimento do PMDB nas próximas eleições, além de tentar manter Timon? O senhor acha que é possível avançar em quantos municípios?

Eu acredito que a governador Roseana Sarney pela primeira vez está ouvindo as lideranças regionais. Sempre se fazia o PPA (Plano Plurianual) e a Lei de Diretrizes Orçamentárias, à vontade. Se iam fazer um orçamento, fazia-se sempre um orçamento do governo, técnico, tradicional, sem levar muito em conta as opiniões, sugestões dos municípios. Desta vez, não. A governadora ouviu os prefeitos, vereadores, as lideranças regionais, e alí nós apresentamos as propostas regionais, foram condensadas com as do governo estadual, que prepara o PAA dentro das necessidades de cada região. Acreditamos que agora a governadora já colocou isso tecnicamente dentro do Plano Plurianual e da Lei de Diretrizes Orçamentárias e vai chamar os prefeitos, lideranças e realizar convênios para as obras que vão ser executadas em parceria com os municípios, em cada região.

AGÊNCIA POLITICA REAL - A que o senhor atribui essa mudança de comportamento da governadora Roseana?

Acredito que qualquer governo daqui para frente não vai mais governar sem ouvir as lideranças regionais. Isso foi muito importante para o Maranhão, para a governadora Roseana e para o PMDB, principalmente nas grandes cidades do estado como Timon, Imperatriz, Codó, Bacabal, Caxias, e até São José de Ribamar, Paço do Lumiar, e outras. Essas cidades são centros das decisões políticas também. É de grande valia essa visão da governadora. Nós esperamos que agora a gente vai partir mesmo para uma politica de realizações concretas, em parceria com os municípios...

AGÊNCIA POLITICA REAL - ...por falar nisso, senhor sempre foi simpático à questão da municipalização...

...sempre defendi o princípio da municipalização. Este País tem que entender que as grandes receitas não pode ficar com a União e nem com os estados. O caminho é não só a independência, a autonomia administrativa dos municípios. É também a independência e autonomia financeira. Tivemos, por exemplo, pequenos avanços quando se municipalizou a saúde, a educação e área da ação social. Mas o governo precisa aumentar os recursos dessas três áreas para os municípios. E investir também em outras áreas. Nós não vamos ter uma agricultura valorizada, forte, se não for municipalizada. Da mesma forma o esporte. Não dá para ficar dependendo sempre dos Ministérios, e da demanda de apadrinhamento para liberar recursos...

AGÊNCIA POLITICA REAL - ...essa situação não passa pela Reforma Tributária? Como se vai resolver essa questão, pois esse tema já vem sendo discutido no Congresso há cerca de duas décadas e nada...

Olha, sinceramente eu não acredito na reforma tributária. Esse pequenos avanços, a gente tem que conseguir por etapa, por via emenda à constituição, ou via projeto de lei, ou leis. Nenhuma reforma neste País será feita de maneira abrangente, ao todo. Nem a reforma política, nem a reforma previdenciária, nem a reforma tributária. Porque cada um nessa reforma quer o seu quinhão. Cada grupo ideológico, cada partido, cada governador, quer colocar dentre dessas reformas os seus interesses e assim não se avança. Nós vamos avançar primeiro fazendo por etapa. E a reforma tributária, quando se fala, todos só pensam na divisão do bolo. Todos querem ver logo o que a União vai ficar, o que fica para os estados e municípios. Então não vamos fazer reforma tributária nenhuma, se não aprofundamos as as discussões, deixar de lado os interesses.

AGÊNCIA POLITICA REAL - Isso serve também para a reforma política que está de discussão na Câmara?

Tanto para a reforma tributária, como a reforma política, ainda precisamos ter um espaço maior para aprofundar esse debate. Se nós queremos reformar, não dá para fazer uma reforma para o ano seguinte. Porque os governadores atuais não querem passar pelo teste da sabatina da primeira reforma. Ninguém quer ser vítima do primeiro ato da reforma. Nós temos sempre que jogar isso pra frente. Daqui a quatro/oito anos. Você viu aí, pensamos numa a reforma política, e não saiu nada para 2011. Se nós queremos algumas mudanças para as eleições de 2014, temos que aprovar agora, por etapa. Por exemplo: extinguir as coligações, é um bom caminho, porque na hora que acontecer isso nós vamos valorizar os partidos. Aí podemos pensar no voto e lista, voto distrital.

AGÊNCIA POLITICA REAL - Deputado, por falar em 2014, o senador Lobão Filho anunciou recentemente a candidatura do pai dele - ministro Edison Loão (Minas e Energia) para o governo do Maranhão e isso criou um agrande polêmica lá no estado. Como senhor vê essa candidatura e de que forma Timon, mais especificamente o senhor e a prefeita Socorro, esperam participar dessa campanha? Especula-se, inclusive que ela poderia ser um nome para vice.

Olha, a prefeita Socorro tem uma liderança muito grande no Maranhão e região, como deputada deixou seu nome na história do estado, foi reconhecida como uma das 20 melhores prefeitas do Brasil e agora concorre a um prêmio na ONU como prefeita das 100 melhores cidades classificadas pela Organização Mundial das Cidades. Ela tem uma boa relação tanto com o Edison Lobão, como com a governadora Roseana Sarney. E hoje no Maranhão há duas opções do grupo: o senador Lobão e o ex-prefeito de São José de Ribamar, Luís Fernando, que está na Casa Civil do estado. Tanto com um, ou com o outro, o Maranhão estará entregue em boas mãos.. .

AGÊNCIA POLITICA REAL - … quer dizer que nessa sua avaliação, o nome do ministro do Turismo, Gastão Vieira, não entra nesta relação?

O ministro Gastão Vieira é competente educador, planejador, com credibilidade, de conduta ilibada, um técnico de mão cheia. Mas não o vejo neste caminho pela disputa do governo do Maranhão. Quem sabe, amanhã, possa a vir ser o candidato ao Senado.


(Por Gil Maranhão, para Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)

Confira na íntegra a entrevista no site Política Real

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