quinta-feira, 21 de março de 2013

Exclusivo: Marco Lago denuncia descaso com a saúde pública de Timon

Vereador Marco Lago (Foto: Dantércio Cardoso)

Para o presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal, Marco Lago, o caos na saúde pública de Timon reflete o descaso do governo Roseana Sarney com o povo timonense. Ele garantiu que vai atuar com muita transparência e não levará em conta as diferenças partidárias. Leia a entrevista que o vereador do PTC concedeu ao repórter Ademar Sousa.

Tribuna do Maranhão - O que foi tratado na reunião que o senhor participou envolvendo várias autoridades responsáveis pelo setor da saúde pública, envolvendo gestores do Hospital Alarico Pacheco, UPA, Município e representantes da Câmara Municipal e Ministério Público?

Vereador Marco Lago – Meu caro jornalista Ademar Sousa , a reunião serviu de fato para em primeiro lugar amenizar os gargalos existentes na saúde de nossa cidade, além de buscar uma definição de quem atende o que.

Tribuna do Maranhão – A direção geral do Hospital  Regional Alarico Pacheco parece disposta a não colaborar para a melhoria do funcionamento daquela casa de saúde. O que a Câmara Municipal pode fazer para reverter essa situação?

Vereador Marco Lago – O hospital através da pessoa do Dr. Abreu se mostrou interessado em colaborar, mas infelizmente não tem qualquer autonomia. Sobre a Câmara, é papel do vereador de fato em primeiro lugar fiscalizar. Isso pode ter certeza de que a Comissão vai fazer com total transparência, sem olhar partido político, cor, religião. O papel é de agir com total transparência.

Tribuna do Maranhão – Atualmente, o Hospital Alarico Pacheco realiza menos de 30 cirurgias mês.  No passado, chegou a realizar mais de 300 cirurgias mês.  A quem o senhor atribui essa queda drástica na quantidade de cirurgias?

Vereador Marco Lago – Segundo o diretor do hospital, só são realizadas 04 cirurgias por dia no Hospital Alarico. A meu ver trata-se de uma quantidade muito pequena de procedimentos diante da grande população que depende daquele hospital. Na verdade essa queda drástica nada mais é do que prioridades do Governo do Estado. Timon não é prioridade a meu ver para o Governo do Estado.

Tribuna do Maranhão – O senhor tem dados precisos sobre os valores encaminhados  ao município de Timon a cada mês?

Vereador Marco Lago – Sim, hoje é muito fácil qualquer cidadão acompanhar os repasses realizados para seu município pelo portal Brasil Transparência. O recurso é considerável, mas os problemas e os gargalos a serem resolvidos também são.

Tribuna do Maranhão – Como ficou a situação da grande demanda de mais de 500 cirurgias pendentes na mudança do governo municipal?

Vereador Marco Lago – Infelizmente ainda não foi resolvida essa questão, mas acredito que existindo uma união de todos que respondem pela saúde de nossa cidade isso será amenizado.

Tribuna do Maranhão – Falta compromisso do governo estadual  do Maranhão com o povo de Timon, notadamente na área de saúde?    
      
Vereador Marco Lago – Não tenho qualquer dúvida em relação a isso. Prioridade é a palavra-chave. A meu ver não existe um desejo do Governo do Estado em resolver isso, caso contrário já teria feito.

Tribuna do Maranhão – Em Timon, o que falta é qualificação gerencial. O que o senhor quer dizer com isso?

Vereador Marco Lago – Caro  jornalista Ademar Sousa,  a falta de qualificação é um grande entrave para que possamos tocar melhor a saúde. Além de um atendimento mais humanizado.

Tribuna do Maranhão – O que o senhor acha da mudança de referenciamento dos pacientes de Timon ignorando a estrutura do HRANP para o Hospital de Coroatá. O senhor vê isso como manobra política para beneficiar o secretário Ricardo Murad?

Vereador Marco Lago – Não gostaria de entrar nesse mérito político, mas Timon, pela quantidade de habitantes e pela quantidade de cidades próximas, deveria ter uma atenção mais especial. A distância para Coroatá, com toda certeza se torna inviável para encaminhar pacientes de nossa região. A distância pode ser um fato gerador de óbitos. Na reunião provocada pelo Promotor Dr. Borges, ouvimos relatos de médicos aterrorizados pela situação e falta de leitos na região, tendo que encaminhar pacientes para Coroatá, colocando em risco a vida de muitos e levando famílias ao completo desespero por não terem como acompanhar seus parentes enfermos em uma cidade tão distante. 

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