quarta-feira, 19 de junho de 2013

Luciano Leitoa e Neto JS são os homens mais poderosos do PSB no Maranhão

Luciano Leitoa e Neto JS
Pela primeira vez, na história política recente do Maranhão, dois timonenses foram eleitos para comandar um partido a nível estadual. Nem mesmo o ex-prefeito e ex- deputado estadual e federal Chico Leitoa, do PDT, embora sendo liderança respeitada não chegou  a ocupar nenhum dos dois cargos: presidente ou  secretário-geral.

O prefeito de Timon, Luciano Leitoa e o atual presidente da Fundação Cidadania, João Bento Neto, o popular Neto JS, desde segunda-feira (17), são os dois homens mais influentes na hierarquia partidária dentro do Partido Socialista Brasileiro – PSB, no estado do Maranhão.  O primeiro, Luciano Leitoa foi galgado ao alto comando no cargo de presidente regional da sigla com plenos poderes e responsabilidades para conduzir o processo eleitoral em se tratando de candidaturas possivelmente de governador e dos deputados federais e estaduais nas eleições de 2014. O segundo, Neto JS, considerado braço direito de Leitoa é o secretário-geral do PSB e terá a dura missão de organizar os diretórios municipais em todo o território maranhense e, além disso, evitar conflitos internos na base socialista entre as lideranças políticas tanto na capital quanto no interior do estado.

Neste sentido, em regra geral, Luciano Leitoa e Neto JS não são “marinheiros” de primeira viagem.  Luciano Leitoa, por exemplo, já foi deputado federal, estadual e atualmente é prefeito de Timon, a quarta maior cidade do Maranhão. Ele conhece bem os embates eleitorais, seja na situação, seja na oposição.  Já Neto JS, por sua vez, dispensa comentários sobre sua atuação política em movimentos políticos e sociais, desde sua adolescência na vida política de Timon e do Maranhão como um todo. Por isso, certamente não terá muitas dificuldades para conduzir os trabalhos em busca do fortalecimento e organização do PSB com vistas ao pleito do ano que vem.  Neto JS pode se dizer que conhece um a um, os líderes do PSB em quase todas as bases eleitorais do partido nos mais diferentes municípios e, assim, facilitará sua atuação no sentido  de unir os socialistas maranhenses a partir de agora em diante.

A ascensão do prefeito Luciano Leitoa à presidência do PSB faz parte de uma estratégia do governador de Pernambuco e presidente nacional da sigla, Eduardo Campos, que poderá  ser pré-candidato a presidente da República, em 2014.  Campos confia  muito em Luciano Leitoa e entendeu que ele é a figura ideal  para estabelecer a possibilidade de ter palanque presidencial no Maranhão, terra dominada há anos pela família Sarney versus Sarney.  Caso isto venha se concretizar o PSB lançará o atual vice-prefeito de São Luis, ex-deputado federal Roberto Rocha como pré-candidato a governador.  E ai, com certeza, complicará a vida política do comunista Flávio Dino (PC do B), que sonha ainda com o apoio dos socialistas para sair como pré-candidato a governador no campo das oposições enfrentando possivelmente o pré-candidato a governador pela governista Luis Fernando Silva.  

Dados históricos sobre a criação do PSB no Brasil

1. O Partido Semente (1947-1965)

Em 1945, quando findava o Estado Novo, formou-se a Esquerda Democrática. Seu objetivo era combinar as transformações sociais com ampla liberdade civil e política. Baseava-se num conceito amplo de esquerda: socialismo construído de forma gradual e legal, nacionalismo e defesa da democracia. Diferenciava-se dos udenistas que defendiam o liberalismo econômico e do socialismo autoritário e estatista dos comunistas. “O Partido não considera socialização dos meios de produção e distribuição a simples intervenção do Estado na economia” e “realizar-se-á gradativamente, até a transferência, ao domínio social, de todos os bens possíveis de criar riqueza, mantida a propriedade privada nos limites das possibilidades de utilização pessoal, sem prejuízo do interesse coletivo”.

2. A Refundação do PSB (1985/1989)

Conquistada a democracia em 1985, articula-se no Rio de Janeiro, um grupo de professores e estudantes universitários para organizar um partido socialista. Para resistir e vencer a ditadura, a sociedade civil desenvolveu inúmeras lutas.  Organizou as associações de bairros, as comunidades eclesiais de base e principalmente a “Campanha pelas diretas”, que criaram um tecido social mais amplo para a participação política.  

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