DEU NA VEJA
Reportagem especial em Veja
desta semana, a maior revista do país, destaca a cidade de Caxias dentre
os municípios que mais crescem no Brasil. De acordo com a revista, a
Princesa do Sertão Maranhense é considerada destaque, sobretudo em razão
de sua vocação para o comércio. Apontada dentre as cidades médias que
mais crescem no país, Caxias, segundo a revista, é um dos municípios que
“se tornaram polos regionais com grandes redes varejistas e
atacadistas”.
Em contato com a reportagem do Jornal Pequeno, o
prefeito Humberto Coutinho declarou que todas as estatísticas mostram
que Caxias é a cidade maranhense onde o comércio mais cresceu, ao longo
dos últimos anos. A Veja diz que Caxias teve um crescimento de 10,6% em
seu Produto Interno Bruto entre 2002 e 2007, principalmente em
decorrência do desenvolvimento do setor. “Sem dúvida nenhuma, a mola
mestra da nossa cidade hoje é o comércio. E nós trabalhamos para
desenvolver cada vez mais o município, preparando-o para grandes
investimentos, especialmente da iniciativa privada”, afirmou Coutinho.
Ele explicou que a Prefeitura está com as finanças em ordem e paga
religiosamente os seus funcionários. “O salário dos servidores sai
sempre dentro do mês. No dia 20 começa o pagamento dos nossos
funcionários”, assinalou Humberto Coutinho, explicando que a Prefeitura
gasta R$ 9 milhões por mês com a folha de pessoal.
Situada no
Leste Maranhense, Caxias é uma cidade histórica, de povo acolhedor,
cercada de morros e nascentes. Terra de Gonçalves Dias, o maior poeta;
de Coelho Neto, de Teixeira Mendes e outros reconhecidos intelectuais,
Caxias tornou-se também conhecida como um celeiro de talentos, por conta
de suas tradições de cultura e civilização.
Inscrita na História
do Brasil pelas lutas da independência e da Balaiada, Caxias, de acordo
com um dos livros do historiador Mário Meirelles, transformou-se um dos
símbolos da lutou pela unidade nacional. “Na bandeira brasileira está
um lema de um filho de Caxias, Teixeira Mendes: Ordem e Progresso. Do
chão de Caxias saiu o título que guardará para a eternidade o nome de
Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, o Patrono do Exército que
soube juntar a espada à prudência, que foi político e deputado pelo
Maranhão”, escreveu Mário Meirelles.
O compositor Osório Duque
Estrada inspirou-se em um verso da Canção do Exílio, do poeta caxiense
Gonçalves Dias, para compor uma das estrofes do Hino Nacional. A
expressão “Ordem e Progresso”, inscrita na bandeira brasileira, foi
criada pelo caxiense Teixeira Mendes.
Veja destaca importância
das cidades médias – De acordo com a Veja, o ano de 2008 entrou para a
história como marco importante da aventura humana: pela primeira vez, a
partir desse ano, mais da metade da população mundial passou a viver em
cidades. Conforme o relatório do Fundo de População da Organização das
Nações Unidas (ONU) intitulado “O estado da população urbana mundial em
2007: liberar o potencial de crescimento urbano”, publicado em 2007,
isso representa um contingente de cerca de 3,3 bilhões de pessoas, mesmo
considerando que existem diferentes critérios para definir o que sejam
as cidades e a urbanização.
A previsão é que, em 2030, o número
de habitantes nas cidades atinja 5 bilhões. O crescimento urbano ganhará
força notadamente em regiões da África e da Ásia, onde grande parte da
população ainda vive no campo. O crescimento da população nas cidades – e
da população como um todo – será menor na Europa e na América do Norte.
A América Latina e o Caribe vêm conhecendo elevados índices de
urbanização de sua população há pelo menos três décadas e não deverão
apresentar grande variação no crescimento da população urbana e total.
O estudo da ONU recomenda também que, nesse contexto, é preciso que as
sociedades e os gestores públicos, em vez de procurar expulsar ou conter
a chegada de novos contingentes, devem formular políticas para integrar
as pessoas à vida nas cidades, especialmente os mais pobres. Em outras
palavras, significa resguardar o direito à cidade para todas as pessoas.
O Brasil também vem acompanhando essa marcha da urbanização: em 1940,
apenas 30% da população total do país – pouco mais de 40 milhões de
pessoas – vivia em cidades. Segundo dados da PNAD 2007 (ano-base 2006),
realizada pelo IBGE, hoje cerca de 83% da população mora em cidades,
algo em torno de 140 milhões de habitantes. Portanto, 8 em cada 10
brasileiros vivem em núcleos urbanos.
É fato conhecido que grande
parte da população urbana concentra-se no Sudeste do país, em especial
em grandes áreas metropolitanas como São Paulo (17 milhões na Grande São
Paulo) e Rio de Janeiro (pouco mais de 10 milhões na Grande Rio). Em
2006, 56,3 milhões de brasileiros viviam nas nove maiores regiões
metropolitanas do país.
Além do aumento da população urbana, vem
ocorrendo no país também uma urbanização do território: além do
crescimento da população urbana e do número de cidades, os núcleos
urbanos passam a se espalhar mais por todos os estados e regiões do
país, constituindo uma rede urbana mais ampla, mais interligada e mais
complexa. Vale dizer também que se expande o modo de vida urbano para
além das cidades, apoiado no desenvolvimento dos modernos sistemas de
transportes, telecomunicações e informações.
Baseados no processo
de modernização econômica do país, em especial na segunda metade do
século 20, as duas metrópoles, com destaque para São Paulo, passam a
formar o coração econômico do país, concentrando recursos de toda ordem e
articulando em seu entorno uma constelação de aglomerações urbanas e
cidades médias.
Por outro lado, vem ocorrendo nos últimos anos
uma tendência à desconcentração de atividades – sobretudo industriais –,
com o deslocamento de unidades produtivas do núcleo central de
metrópoles como São Paulo para outras cidades e aglomerações urbanas de
diferentes portes e localizadas em diferentes estados e regiões. É
nítida também a redução no ritmo de crescimento populacional de São
Paulo e do Rio de Janeiro – o que não significa a redução do poder e
influência nacional e internacional de ambas.
Nesse quadro,
crescem também as outras aglomerações urbanas metropolitanas e
não-metropolitanas e também um certo número de cidades médias por todo o
país. Portanto, temos uma situação em que permanece o peso acentuado
das metrópoles, ao mesmo tempo em que há a desconcentração ou repartição
de atividades entre as metrópoles e outros núcleos.
Fonte: Jornal Pequeno
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