quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Caxias é uma das cidades que mais crescem no Brasil

DEU NA VEJA

Reportagem especial em Veja desta semana, a maior revista do país, destaca a cidade de Caxias dentre os municípios que mais crescem no Brasil. De acordo com a revista, a Princesa do Sertão Maranhense é considerada destaque, sobretudo em razão de sua vocação para o comércio. Apontada dentre as cidades médias que mais crescem no país, Caxias, segundo a revista, é um dos municípios que “se tornaram polos regionais com grandes redes varejistas e atacadistas”.

Em contato com a reportagem do Jornal Pequeno, o prefeito Humberto Coutinho declarou que todas as estatísticas mostram que Caxias é a cidade maranhense onde o comércio mais cresceu, ao longo dos últimos anos.  A Veja diz que Caxias teve um crescimento de 10,6% em seu Produto Interno Bruto entre 2002 e 2007, principalmente em decorrência do desenvolvimento do setor. “Sem dúvida nenhuma, a mola mestra da nossa cidade hoje é o comércio. E nós trabalhamos para desenvolver cada vez mais o município, preparando-o para grandes investimentos, especialmente da iniciativa privada”, afirmou Coutinho.

Ele explicou que a Prefeitura está com as finanças em ordem e paga religiosamente os seus funcionários. “O salário dos servidores sai sempre dentro do mês. No dia 20 começa o pagamento dos nossos funcionários”, assinalou Humberto Coutinho, explicando que a Prefeitura gasta R$ 9 milhões por mês com a folha de pessoal.

Situada no Leste Maranhense, Caxias é uma cidade histórica, de povo acolhedor, cercada de morros e nascentes. Terra de Gonçalves Dias, o maior poeta; de Coelho Neto, de Teixeira Mendes e outros reconhecidos intelectuais, Caxias tornou-se também conhecida como um celeiro de talentos, por conta de suas tradições de cultura e civilização.

Inscrita na História do Brasil pelas lutas da independência e da Balaiada, Caxias, de acordo com um dos livros do historiador Mário Meirelles, transformou-se um dos símbolos da lutou pela unidade nacional. “Na bandeira brasileira está um lema de um filho de Caxias, Teixeira Mendes: Ordem e Progresso. Do chão de Caxias saiu o título que guardará para a eternidade o nome de Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, o Patrono do Exército que soube juntar a espada à prudência, que foi político e deputado pelo Maranhão”, escreveu Mário Meirelles.

O compositor Osório Duque Estrada inspirou-se em um verso da Canção do Exílio, do poeta caxiense Gonçalves Dias, para compor uma das estrofes do Hino Nacional. A expressão “Ordem e Progresso”, inscrita na bandeira brasileira, foi criada pelo caxiense Teixeira Mendes.

Veja destaca importância das cidades médias – De acordo com a Veja, o ano de 2008 entrou para a história como marco importante da aventura humana: pela primeira vez, a partir desse ano, mais da metade da população mundial passou a viver em cidades. Conforme o relatório do Fundo de População da Organização das Nações Unidas (ONU) intitulado “O estado da população urbana mundial em 2007: liberar o potencial de crescimento urbano”, publicado em 2007, isso representa um contingente de cerca de 3,3 bilhões de pessoas, mesmo considerando que existem diferentes critérios para definir o que sejam as cidades e a urbanização.

A previsão é que, em 2030, o número de habitantes nas cidades atinja 5 bilhões. O crescimento urbano ganhará força notadamente em regiões da África e da Ásia, onde grande parte da população ainda vive no campo. O crescimento da população nas cidades – e da população como um todo – será menor na Europa e na América do Norte. A América Latina e o Caribe vêm conhecendo elevados índices de urbanização de sua população há pelo menos três décadas e não deverão apresentar grande variação no crescimento da população urbana e total.

O estudo da ONU recomenda também que, nesse contexto, é preciso que as sociedades e os gestores públicos, em vez de procurar expulsar ou conter a chegada de novos contingentes, devem formular políticas para integrar as pessoas à vida nas cidades, especialmente os mais pobres. Em outras palavras, significa resguardar o direito à cidade para todas as pessoas.

O Brasil também vem acompanhando essa marcha da urbanização: em 1940, apenas 30% da população total do país – pouco mais de 40 milhões de pessoas – vivia em cidades. Segundo dados da PNAD 2007 (ano-base 2006), realizada pelo IBGE, hoje cerca de 83% da população mora em cidades, algo em torno de 140 milhões de habitantes. Portanto, 8 em cada 10 brasileiros vivem em núcleos urbanos.

É fato conhecido que grande parte da população urbana concentra-se no Sudeste do país, em especial em grandes áreas metropolitanas como São Paulo (17 milhões na Grande São Paulo) e Rio de Janeiro (pouco mais de 10 milhões na Grande Rio). Em 2006, 56,3 milhões de brasileiros viviam nas nove maiores regiões metropolitanas do país.

Além do aumento da população urbana, vem ocorrendo no país também uma urbanização do território: além do crescimento da população urbana e do número de cidades, os núcleos urbanos passam a se espalhar mais por todos os estados e regiões do país, constituindo uma rede urbana mais ampla, mais interligada e mais complexa. Vale dizer também que se expande o modo de vida urbano para além das cidades, apoiado no desenvolvimento dos modernos sistemas de transportes, telecomunicações e informações.

Baseados no processo de modernização econômica do país, em especial na segunda metade do século 20, as duas metrópoles, com destaque para São Paulo, passam a formar o coração econômico do país, concentrando recursos de toda ordem e articulando em seu entorno uma constelação de aglomerações urbanas e cidades médias.

Por outro lado, vem ocorrendo nos últimos anos uma tendência à desconcentração de atividades – sobretudo industriais –, com o deslocamento de unidades produtivas do núcleo central de metrópoles como São Paulo para outras cidades e aglomerações urbanas de diferentes portes e localizadas em diferentes estados e regiões. É nítida também a redução no ritmo de crescimento populacional de São Paulo e do Rio de Janeiro – o que não significa a redução do poder e influência nacional e internacional de ambas.

Nesse quadro, crescem também as outras aglomerações urbanas metropolitanas e não-metropolitanas e também um certo número de cidades médias por todo o país. Portanto, temos uma situação em que permanece o peso acentuado das metrópoles, ao mesmo tempo em que há a desconcentração ou repartição de atividades entre as metrópoles e outros núcleos.

Fonte: Jornal Pequeno

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